Parabéns à equipe da O Boticário

Ministrei, ontem, a palestra ‘Entendendo Franchising’ na rede O Boticário. É realmente impressionante como as equipes internas das franqueadoras são carentes de aprofundamento em práticas atuais de mercado em franchising. Senti-me gratificada por participar, já que foi muito rica a troca de experiências e o encontro de novas soluções para problemas comuns. A O Boticário está, mais uma vez, de parabéns pela equipe antenada, interessada, super conectada com o mercado e aberta a inovações.

É preciso que todos entendam o Franchising

Quando alguém deseja ingressar no franchising – seja como franqueador ou franqueado – é necessário que se busque muita informação. Isso porque, apesar de ser bastante dinâmico, o sistema tem suas peculiaridades e é fundamental entendê-lo para averiguar se seu perfil é condizente com as regras que surgirão.

O candidato a franqueado, por exemplo, pode não ser a favor de pagar royalties, questão indispensável para a manutenção da marca e que toda franqueadora cobra. Porém, quando entender que essa taxa é vital, perceberá que ela não é cobrada com a finalidade de enriquecer a empresa franqueadora, mas para que o dono da marca possa investir nela. Já quem pensa em ser franqueador deve aprender que sua rede precisa ser unida e desenvolver ferramentas que previnam problemas. E os funcionários da franqueadora também precisam conhecer o sistema de franquias a fundo para trabalharem melhor. Essa é uma das questões mais importantes hoje.

A educação em franchising é tão necessária que marcas de sucesso inquestionáveis continuam investindo na capacitação de suas equipes, mesmo tendo anos de janela. Nesta semana, por exemplo, ministrarei o curso ‘Entendendo Franchising’, criado pela ABF – Associação Brasileira de Franchising, na rede O Boticário. É isso mesmo: uma das marcas que melhor representam o franchising brasileiro está proporcionando o curso aos seus colaboradores. Se a capacitação faz parte de uma rede como essa, está na hora de todos se voltarem à valorização do aprendizado.

O outro lado da moeda: “Quero ser ‘Franqueador!”

No meu último post, falei sobre as microfranquias – uma oportunidade para o empreendedor brasileiro que sonha com um negócio próprio. Muito se fala em “querer ser franqueado’, mas muitos empresários, com o aquecimento do sistema no Brasil, querem ser franqueadores. Para eles, vai um conselho: para ser franqueador é preciso vocação. Nem todo empresário nasceu para ser franqueador. Qualidades como ser generoso e doador são essenciais. Até porque o sucesso do franqueado deve ser o maior objetivo do Franqueador. Também nem todo negócio pode ser transformado em franquia. Franquia não é um sistema bom para todos os negócios. É preciso avaliar bastante cada caso para decidir o melhor caminho a seguir.

Microfranquias: é hora de reflexão

O Brasil vive a ‘febre’ das microfranquias – um reflexo da tão aclamada ‘ascenção das classes C e D’ que revolucionou não só as relações comerciais, mas também o sistema de franquias que hoje oferece diversas possibilidades de ‘virar patrão’. O que as pessoas se esquecem é de que a microfranquia apresenta os mesmos riscos de qualquer outro tipo de negócio. Quem quer ser franqueado precisa analisar o mercado, a concorrência, a capacidade de suporte do franqueador, os serviços e produtos oferecidos e se há oportunidades de fazer a franquia crescer. A hora, agora, é de reflexão. E, se não houver mais consciência, muitas pessoas podem perder o pouco que ganharam.